AUTO-ACEITAÇÃO (*)
Ser o que se é
Ouvi contar um dia, que um rei foi a seu jardim e encontrou árvores, arbustos e flores definhando, secando, morrendo.
Indignado, o rei voltou-se para o carvalho e perguntou o que estava acontecendo:
-“Ah, majestade, eu estou morrendo porque não posso ser tão alto quanto o pinheiro”, respondeu.
O rei escutou depois o pinheiro, que lhe disse:
– “Ah, majestade, estou morrendo porque descobri que sou incapaz de dar uvas como a parreira”.
Ouvindo a parreira, o rei escutou:
– “Ah, majestade, estou morrendo porque não posso desabrochar como a roseira”.
O rei continuou a caminhar, até que encontrou uma flor, o amor-perfeito, florido, viçoso como nunca. Ao indagar-lhe sobre sua formosura, o rei ouviu:
– “Ah, majestade, se você plantou um amor perfeito, é porque queria que eu fosse um amor-perfeito. Eu, então, em vez de ficar me comparando com as outras plantas ao meu redor, pensei:
“COMO NÃO POSSO SER OUTRO ALÉM DE MIM MESMO, TENTAREI SÊ-LO DA MELHOR MANEIRA POSSÍVEL.
Assim relaxei e percebi que eu podia contribuir com a existência apenas com minha singela fragrância”.
O amor perfeito, dessa forma, nos ensinou que:
“Somos todos igualmente necessários.
Cada um no seu lugar.
Melhor é a nossa causa”.
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Contado por Rjneesh
Reescrita: Cecília Caram
Contribuição: Rosângela Alves
(*)- Caderno de Contos, pag. 18