EDUCAÇÃO : ESCOLHA DE PROFISSÃO E PLANEJAMENTO DE CARREIRA

 

ALGUMAS QUESTÕES IMPORTANTES SOBRE JOVENS, ESCOLHA DE PROFISSÃO E PLANEJAMENTO DE CARREIRA

 

José Luiz Belas

 

Abril de 2011

 

Neste pequeno artigo, tentarei focalizar algumas dificuldades que atingem jovens brasileiros, considerados de classe média e/ou média alta, na faixa etária entre 15 e 24 anos, aproximadamente.

Na fase inicial dessa faixa, e até antes dela, aos 13 ou 14 anos, surgem algumas mudanças bem características e significativas na vida de rapazes e moças.

As mudanças físicas decorrentes das transformações fisiológicas (principalmente os hormônios do crescimento e os sexuais) geram um estado de “desconhecimento do próprio corpo e de surpresa diante das novas emoções que agora experimentam”. Eles começam a ter dificuldades no controle motor, passam a perceber o sexo oposto de modo diferente…

Nessa etapa da vida, também sentem uma necessidade acentuada de serem aceitos por seu grupo social e nele se afirmarem.

Soma-se a tudo isso uma atitude nova, de crítica em relação aos valores que até então recebiam das figuras de autoridade, sem muitos questionamentos.

Como os valores que os cercam, hoje mais do que ontem, geralmente são confusos, contraditórios, inconsistentes, em razão disso surgem inúmeros conflitos entre eles e as figuras de autoridade, quase sempre aquelas cujo papel é orientá-los: pais, professores, superiores em geral.

O que descrevi acima acontece, praticamente, com a maioria dos jovens adolescentes no mundo todo. É uma fase na qual precisam definir para si o que são, o que o mundo e as pessoas são, o certo, o errado, o bom e o ruim, ou seja, eles passam por uma crise de valores. O que, até então, lhes parecia certo, porque lhes afirmaram isso, nesse momento, já não lhes parece tão confiável como antes. Isso acaba refletindo-se na relação deles com seus pais, sua família, seus amigos, e até, mais tarde, na vida acadêmica e profissional.

Um aspecto interessante para nossa reflexão diz respeito a uma característica da educação que está sendo apresentada às crianças nos dias atuais. De uma atitude pedagógica autoritária, que vigorou até, mais ou menos, o início da década de 1960, adotou-se outra que, possivelmente, saindo de uma fase de repressão das liberdades, não passou pela atitude democrática e, pulando esse degrau, instituiu-se como um laissez faire. Dito de outra forma, mudou-se de uma forma de cerceamento da liberdade dos jovens, para outra na qual passavam a ter uma quase total permissão para fazerem o que bem desejassem.

Nossa sociedade está atravessando, há mais de três décadas, um período de “abertura” dos costumes e dos valores. Ainda que se possa dizer que tal mudança tem seu lado positivo, pois permite que as pessoas, sendo mais livres, adquiram o direito de viver suas vidas de maneira mais plena, mais verdadeira, de forma mais criativa, etc., por outro lado, tal abertura, por se originar de um salto e não de uma evolução gradativa, parece ter provocado algumas distorções no modo como elas passaram a entender o que liberdade significa.

Liberdade tem a ver com uma capacidade para lidar com as limitações que a vida, naturalmente, nos impõe. Confundi-la com ausência de limites é um tremendo equívoco.

A educação, ao querer dar liberdade à criança, suspendendo ou rarefazendo tudo aquilo que a poderia cercear, provocou uma situação que, hoje, é preocupação para todos aqueles que trabalham com pessoas nessa faixa etária.

Antes de chegar à adolescência, um grande número de crianças, para não dizer a maioria – principalmente aquelas das classes sociais mais privilegiadas – recebem cada vez menos limites e valores coerentes, tão necessários à sua preparação para assumir as responsabilidades que lhes serão cobradas em um futuro próximo. O que se observa é que esses jovens, assim educados, acabam criando uma visão distorcida da realidade em que vivem.

Por receberem sempre muito da família e não precisarem realizar maiores esforços para isso, acabam esperando a mesma coisa do mundo. Quando enfrentam as atividades acadêmicas, na adolescência, demonstram grandes dificuldades para entender que, para se prepararem para o futuro, precisam, de modo responsável, dispensar partes significativas do seu tempo para os estudos. Ao chegarem a um curso superior, não têm muita noção do que significa preparar-se para o mercado de trabalho, que exigirá deles eficiência e qualidade. Acabam fazendo, na faculdade, algo parecido com o que faziam no ensino médio: estudam para passar de ano. Assim, terminam a graduação despreparados para iniciar uma vida profissional bem sucedida.

 

As crianças, bem pequenas, aprendem que a vida escolar é prazer, alegrias, brincadeiras… O estudo, nessa fase do desenvolvimento, é e precisa ser fundamentalmente lúdico. Mas, nem por isso, tem que ser um “tanto faz”, um momento só para gastar o tempo.

Uma vez, em um artigo que escrevi, disse que “brincar é a coisa mais séria que uma criança faz”. Penso, portanto, que, longe de considerar que a Educação Infantil seja uma ocasião de trabalho duro e pesado, com cobranças autoritárias sobre as crianças, é tempo de plantar valores que começarão a florescer na adolescência. Essas sementes contêm, em seus núcleos, “cromossomos” de limites bem postos, bem consistentes, que, desde cedo, lhes poderão dar um balizamento para se organizarem no seu mundo, aprendendo sobre si, sobre o outro, e experimentando o sentimento de alegria e autorrealização, ao cumprirem uma tarefa, ainda que seja pular amarelinha sem pisar nos riscos de giz.

Infelizmente, pouco se vê disso, nem na escola nem em casa. Vivendo sem esses balizamentos, fincados desde cedo em suas vidas, enfrentam um grande e aterrorizante desafio ao chegarem à pré-adolescência. Nesse momento, o cenário muda. De uma vivência em que a falta de limites imperava e os compromissos eram escassos, ao chegarem ao ensino fundamental, e mais ainda, ao ensino médio, tudo muda, e a escola se transforma num local de tortura para muitas crianças, que não podem mais aprender brincando. Os estudos são transformados em trabalhos quase sempre sem sentido para os alunos, que, por isso mesmo, começam a sentir um gosto amargo associado à palavra escola. O local que deveria ser o que ajuda a desenvolver uma atitude de encantamento diante da riqueza e da beleza, que é o mundo e tudo que há nele, transforma-se no lugar para se obter informações, fazer provas e passar de ano, mesmo que com nota mínima.

Quando o jovem atinge a idade de 14, 15 anos, daí pra frente, caminha na direção do desafio maior dos estudantes de hoje, o ENEM.

Alguns anos atrás, o bicho papão era o Exame Vestibular, passaporte para a Universidade. Era comum o aluno do terceiro ano do segundo grau, hoje Ensino Médio, já com seus 17 anos aproximadamente, ingressar em um curso preparatório para fazer as provas do Vestibular. A maioria prestava esse exame por volta dos 18 anos.

Por causa do modo como são estruturados os níveis de ensino atualmente, e em decorrência das mudanças sociofamiliares do nosso país, o que se observa são crianças que ingressam na “Educação Infantil” aos 3 anos, são alfabetizadas aos 5 anos, começam a frequentar o “Ensino Fundamental” com seis anos, com 13 anos o concluem, e iniciam o Ensino Médio aos 14. Chegam aos 16 anos legalmente em condições de ingressar num curso superior.

Esse fato parece ter gerado um outro, lamentável, que é a transformação das Escolas de Ensino Médio em cursos preparatórios para o ENEM, que criam um elevado nível de estresse em seus alunos, através da pressão exercida sobre eles para aumentarem o ritmo dos estudos, coisa que, até aquele momento, não lhes era exigido e, na cabeça de muitos jovens, acostumados a uma vida escolar mais frouxa, nem existia.

De repente meninas e meninos são privados de tudo, ou quase tudo que faziam antes: passeios, festas, diversões, e passam a ter que estudar numa intensidade maior do que podem, física e emocionalmente. Em algumas escolas, não lhes é permitida a repetência. Quando isso acontece, são “convidados” a sair.

As instituições de ensino médio mais valorizadas pelas famílias exigem um alto nível de performance de seus alunos, e se orgulham de terem a elite dos estudantes. Isso as promove ao nível de “excelência” no ensino. Como resultado, mais e mais esses cursos pressionam seus alunos.

Essa pressão chega a tal ponto que muitos jovens começam a apresentar problemas emocionais e somatizações. Alguns, talvez não tão brilhantes, acabam acreditando que são incapazes, sem chance no futuro.

O bullying é outra pressão que os jovens sofrem, quando não se enquadram no modelo idealizado de estudante, e acabam sentindo-se marginalizados pelo grupo, pela instituição escolar e pela própria família.

Muitos pais continuam mantendo o pensamento ultrapassado em relação à formação profissional dos filhos. Ainda acreditam que eles serão felizes e realizados somente se entrarem para uma faculdade e forem doutores. Pensam que, só assim, seus filhos terão um futuro garantido a nível profissional, social e financeiro. Em decorrência disso, é frequente o surgimento de uma pressão dos pais para que eles ingressem numa faculdade.

Disse, no início deste artigo, que, nesse período da vida, o jovem passa por transformações radicais, que o deixam confuso, instável, suscetível às opiniões e aos valores provenientes de seu meio. Experimenta mudanças rápidas a nível fisiológico, e seu corpo é bombardeado por hormônios, responsáveis por uma nova visão de si e dos outros. Nesse verdadeiro turbilhão de fatos novos, o jovem necessita obter informações sobre si mesmo, que lhe permitam definir, com mais clareza, o que se poderia chamar de sua personalidade. Entretanto, essa busca de uma definição de si não é tão simples, pois a necessidade de aceitação social, principalmente por seus pares, é muito grande.

Nessa fase, principalmente no início dessa faixa etária, o autoconhecimento é praticamente inexistente para a maioria dos jovens. Entretanto, ter consciência do que são, do que gostam, do que são capazes, do que, de fato, desejam, é importantíssimo, para se poderem definir um projeto de vida futura, uma profissão, uma carreira. Se ele não tiver isso bem claro, suas escolhas poderão ser somente cópias mal feitas do que as outras pessoas dizem e fazem.

A sociedade, a família e os amigos ainda têm uma visão preconceituosa em relação ao binômio: sucesso pessoal – nível de escolaridade.

Mesmo que um jovem deseje, com convicção, dedicar-se a uma área de atividade profissional, se ela não estiver associada a uma formação acadêmica superior, não será valorizada a nível social, familiar e até mesmo pelo próprio jovem, pois ele tenderá a se ver como “inferior” em relação aos amigos, que seguiram o padrão do seu grupo.

Na dúvida, acabam procurando qualquer curso para agradar aos pais e dar uma satisfação à sociedade. O importante é ingressar numa universidade, pensam eles. Não importa qual, nem o curso a ser frequentado.

O que se vê, com muita frequência, são jovens concluindo seus estudos superiores sem noção do que fazer com eles. Alguns engavetam seus diplomas, outros resolvem estudar para fazer concursos públicos para áreas completamente diferentes daquelas nas quais se formaram.

A impressão que tenho é que um número muitíssimo pequeno de jovens reflete sobre a importância da escolha de uma carreira. A grande maioria nem sabe o que seja isso, e nem mesmo se decide conscientemente por uma profissão, simplesmente segue uma tendência da moda, principalmente as que são trazidas pela mídia. Isso está longe de ser uma escolha verdadeira.

Os pais, confusos e pouco informados sobre cursos e profissões, quase nenhuma ajuda costumam dar aos filhos. Alguns, mais conscientes de suas limitações, se valem de profissionais que possam dar uma orientação mais precisa a seus filhos.

Neste trabalho de reflexão sobre escolha de um curso e de uma carreira profissional, serão buscados três fatores fundamentais para a consolidação desse processo: as características da personalidade do jovem, seus interesses e suas aptidões.

Sabemos que uma pessoa se encontra em condições excelentes para iniciar um processo de escolha de uma profissão e realização de um projeto de carreira quando possui um bom conhecimento sobre suas características de personalidade, uma percepção clara sobre suas aptidões já desenvolvidas e as que poderão ser mais aperfeiçoadas, e uma visão bem definida dos seus interesses mais genuínos. Mas o jovem, como sugeri acima, comumente não se detém numa reflexão sobre si mesmo, capaz de lhe dar informações sobre esses fatores fundamentais para a realização de suas escolhas.

Alguns, ao longo da adolescência, ensaiam, espontaneamente, uma tentativa de autoconhecimento através de buscas cegas, ensaios e erros, nem sempre compreendidas. Mudam de atividades (violão, lutas, línguas, computação, viagens, etc.) e acabam sendo considerados como aqueles que “não sabem o que querem”. Infelizmente, há pais que não entendem quando seus filhos agem assim. Realmente, esses jovens não sabem o que desejam e é nesse ponto que precisamos entender que tal busca pode ser considerada a procura de uma habilidade, de um interesse e o encaixe disso tudo no seu modo peculiar de ser, sua personalidade.

Em muitos casos, esse “começar/interromper” pode significar “estar-se definindo” e não um “não querer nada”, malandragem, etc.

É fundamental entender que aptidão, interesse e personalidade formam o tripé sobre o qual se define uma escolha profissional.

Exemplificando, imaginemos uma pessoa que possua como aptidões mais significativas as áreas de cálculos e desenho geométrico. Seus autênticos interesses se localizam nos estudos sobre cidades, história, geografia, geologia, artes. Seus traços de personalidade mais marcantes são a sua forte tendência à introspecção, à sensibilidade, ao detalhismo, voltado para o humano, etc.).

Alguém com essas características (A-I-P), provavelmente, estaria bem encaixado, por exemplo, num curso de Urbanismo, ou de Arquitetura, ou de Engenharia, profissões essas que, possivelmente, lhe poderiam trazer uma grande realização profissional e pessoal.

Por isso, conhecer bem quais são suas reais aptidões, seus interesses e suas características de personalidade torna-se muito importante para o jovem fazer mais acertadamente uma escolha profissional.

Da mesma forma que esses três fatores (A-I-P) são importantes e essenciais para a escolha de uma profissão, também são imprescindíveis quando se projeta uma Carreira. Essa vai além da escolha de uma área de trabalho e determina, basicamente, o nível de realização da pessoa ao longo de sua vida profissional.

A escolha e a preparação para uma profissão são algo que se dá num tempo reduzido (realização de um curso). A carreira é algo que se concretiza num tempo extenso, dinâmico. É um movimento que acompanha a pessoa ao longo de sua vida. É um projeto que tem início antes mesmo da graduação começar e que não acaba com a sua conclusão. É um caminho a ser percorrido ao longo da vida de quem realiza um trabalho que lhe gera prazer, realização pessoal e profissional.

Lamentavelmente, vemos poucas pessoas que se dizem realizadas nesse nível. Muitos passam a vida trabalhando, sem experimentar, pelo menos, um mínimo de realização.

Tenho entrado em contato com vários jovens que, há pouco tempo após ingressarem em seus cursos de graduação, os abandonam. Ao fazerem essa opção de largar seus estudos, geralmente experimentam um sentimento de decepção, fracasso, medo de reprovação da família, insegurança, principalmente quando pensavam haver escolhido corretamente seu curso. Ficam surpresos ao perceberem que entrar numa universidade não é suficiente, se não encontrarmos nela o que, de fato, estamos buscando.

Muitas vezes, vemos famílias comemorando o ingresso de seus filhos numa faculdade e, a seguir, serem informadas de que eles abandonarão os estudos, pois perceberam que não era aquilo que gostariam de estar cursando. A decepção e a preocupação são visíveis em todos os envolvidos.

Quando a família pressiona para que o jovem continue, e ele, por medo ou comodismo, aceita tal imposição, podemos prever que o seu futuro será um desastre, uma frustração crônica, principalmente se não se propuser a rever tudo o que fez até então, e se preparar para buscar seu verdadeiro caminho profissional.

A escolha de uma Carreira é muito importante para a autorrealização.

Confúcio disse certa vez:

“Escolha um trabalho que ama e não terá que trabalhar um único dia em sua vida.”

Ele não disse “escolha uma profissão”, disse um trabalho.

Quando se trabalha numa atividade que nos dá prazer, o fato de a estar exercendo gera um sentimento de bemestar, de plenitude, de crescimento. Tornamo-nos criativos e desejamos, ininterruptamente, ampliar nossos conhecimentos e habilidades, para, cada vez mais, sentirmos que o fazer é um prêmio para nós mesmos, uma autorrealização, um crescimento pessoal.

Quando o jovem projeta uma carreira, antevê uma meta, um objetivo a ser alcançado e, a cada etapa vencida, sente-se realizando seu sonho.

 

CONCLUINDO

 

Procure não se iludir com os altos salários que uma profissão lhe possa proporcionar, se ela não o realizar como pessoa.

Tenho ficado horrorizado com a forma de vida que muitos jovens estão levando. Quando ingressam no mercado de trabalho, encontram uma cruel realidade. O nível de competição chega a ocorrer num grau jamais visto. As exigências que são feitas, principalmente em empresas de grande porte, atingem limiares que desafiam a resistência física de jovens profissionais.

Atendem-se e encaminham-se, hoje, jovens para tratamento psiquiátrico e psicoterápico, como nunca antes se havia feito. Crises psicológicas, pânico, vontade de largar tudo, somatizações, estresse em alto grau…

Como falei no início, esse quadro começa no ensino médio, nos colégios que preparam alunos para ingressarem nas universidades mais valorizadas. Delas, sai um contingente de “profissionais de elite” disputadíssimos no mercado, que rapidamente conseguem um emprego. Ali terão que mostrar suas habilidades bem depressa. Precisarão evidenciar eficiência e apresentar resultados. Tiram deles o sangue com o argumento da boa remuneração e das vantagens que lhes dão (gratificações, planos de saúde, viagens, etc.)

Um jovem que ainda se esteja preparando para fazer suas escolhas a nível profissional poderá ver nesses superprofissionais modelos a serem seguidos. Mais ainda, a família, se não estiver atenta, fará o mesmo e desejará para seus filhos igual caminho, percorrido por aqueles outros jovens que conseguiram um “ótimo emprego” e que “estão muito bem de vida”.

Até aí, tudo bem. Os pais querem o melhor para os filhos, assim dizem.

Mas, a pergunta que não quer calar é: e a realização pessoal, a alegria, o prazer? Onde ficam nisso tudo? A felicidade só poderá aparecer depois de se passarem alguns anos pelos consultórios? tomando tranquilizantes? desabafando suas angústias e medos?

A meta ganhar dinheiro (muito!!!!) parece dominar essa motivação para ser o melhor. E para atingi-la, vale tudo.

Um raciocínio dessa ordem costuma nublar a consciência e impedir que se veja, com clareza, o verdadeiro sentido do viver e do que seja um trabalho.

Viver sem alegria, sem liberdade, prazer ou felicidade não parece viver. E o dinheiro só tem valor se for para nos dar condições de viver a alegria, a liberdade, o prazer, a felicidade…

Não faço aqui uma apologia à pobreza, nem nego a importância de um bom salário por um trabalho realizado. Desejo, apenas, pensar com vocês sobre a distorção que paira, atualmente, em um mundo capitalista, consumista, que valoriza o dinheiro de modo muito inconsistente e incoerente.

Nessa armadilha muitos caem, ao priorizarem esse fator como o que garantirá sua realização e sua felicidade futura. A partir disso, acabam fazendo escolhas de profissões, usando apenas esse critério.

Uma pessoa que planeje corretamente sua vida profissional, certamente, alcançará a realização pessoal e a quantidade necessária de dinheiro para construir sua felicidade.

Como conseguir isso? Acredito que alcançar essa meta exigirá de cada jovem um trabalho sério, consciente, calcado numa busca de conhecimento de suas habilidades, seus interesses, seu modo de ser mais verdadeiro e profundo, de muita informação, sobretudo em relação ao mundo atual do trabalho, tão amplo e diversificado.

Saber o que mundo do trabalho lhe pode oferecer e o que você pode oferecer ao mundo do trabalho é um binômio fundamental.

INFORME-SE!

CONHEÇA-SE!

PROJETE SEU FUTURO PROFISSIONAL DE FORMA CONSCIENTE.

 

“Grandes realizações são possíveis quando se dá importância aos pequenos começos”. (Lao-Tzé)